9 de jun. de 2010

Comidas que nunca vou sequer experimentar

Existem comidas e comidas. Muitas culturas e diferentes pessoas habitam este grande mundo chamado por nós de Terra. Em destaque, podemos colocar uma frase como esta:

“A necessidade faz o homem e o homem faz a oportunidade.”

Pensando nela um pouco, podemos falar sobre isso também no âmbito culinário. Não é natural comermos qualquer coisa viva, mas em horas de aperto, por que não? Toda fome, miséria e pobreza, somadas a um estágio de sobrevivência, faz qualquer um comer qualquer coisa. Melhor comer um urubu (animal que come restos de outros animais) do que morrer de fome.

Só que tendo a oportunidade de comer pratos ditos “normais” durante o mês, acabamos ficando com eles mesmo. Tanto porque é mais rápido cozinhar/assar carne de vaca ou porco nestes dias corridos de web 2.0 do que algum prato exótico do sul da Indonésia, por exemplo.

Pensando neste assunto, resolvi fazer um post contando o que nunca vou comer. Digo nunca porque não me passa pela cabeça comer nada disso que vou citar aqui abaixo. Sou fã incondicional do churrasco de carne vermelha e isso já me basta.

Caranguejeira Frita (Camboja, Austrália e Venezuela)

caranguejeira frita

A menina da foto trás consigo uma bandeja cheia de aranhas fritas. Ela mora em algum lugar do Camboja e caça aranhas para sua mãe fritar. As duas contribuem no orçamento da casa com o dinheiro que ganham a partir dos aracnídeos.

Depois de capturadas elas passam no fogo para queimar seus pêlos em meio das chamas. Pois estes pêlos, se forem parar no pulmão de uma pessoa, pode levar a mesma a morte. Segundo os costumes típicos de cada região, as aranhas podem ser preparadas de três maneiras distintas:

Camboja: passar no sal e açúcar depois fritar por 20min.
Austrália:
a alta cozinha local faz diversos pratos, mas o mais comum é fritar e flambar por cerca de 15min.
Venezuela:
são assadas envoltas de folhas de bananeira parecendo muito com um churrasco na brasa.

Fugu (Japão)

fugu peixe

As vezes, juro que não entendo certos hábitos ou costumes de um povo. Este peixe da foto aí de cima chama-se de fugu no Japão, conhecido também aqui no Brasil por baiacu. O peixe é venenoso e segundo o governo japonês cerca de 20 mortes por ano são diagnosticadas por causa do mau preparo do animal.

Desta forma, apenas os cozinheiros mais sábios podem prepará-lo depois de um curso de três anos no Japão. Isso tudo porque existe veneno concentrado em todo o peixe: nas gônadas, no fígado e na pele. O chefe precisa aprender a descontaminá-lo pois seu veneno, chamado de tetrodotoxina (TTX), é dez vezes mais letal que o cianeto. Uma vez injetado no corpo, a vítima morre por asfixia provocada pela paralisação paulatina dos músculos do corpo.

Mas se ele é venenoso, pra então consumir esta carne? Não faz muito sentido arriscar a própria vida em troca de algumas gramas de peixe. Eu não fico nenhum pouco interessado nem curioso para descobrir qual seu sabor. Ainda mais sabendo que não existe antídoto para o veneno. Sou fã mesmo de carne vermelha e do bom e velho bife na chapa.

Cérebro de Macaco (África e Ásia)

A cena correu o mundo no filme Indiana Jones e o Templo da Perdição. Durante um jantar no filme, Indiana e a loira aí de cima são convidados para participar de um banquete de boas vindas. E como prato principal deste almoço: cérebro de macaco.

Deixando um pouco de lado a ficção, este prato existe e é mesmo servido em países como China, Malásia, Vietnã e Tailândia. O cérebro do macaco é servido cozido com um molho temperado por cima. Alguns preferem acreditar que comendo os miolos do pobre animal tornam-se mais inteligente. Cada um, cada um.

Em outros países do continente asiático e africano, alguns preferem comer direto da cabeça do bicho. Nestes casos, os apreciadores desta culinária bizarra preferem manter o animal vivo só com a tampa da cabeça removida. Assim, com uma colher, mandam ver nos miolos da criatura.

Mas nem a pau eu faço isso! Nojento demais. E coitado do pobre animal…

Cachorro Assado (China)

cachorro assado

Cachorros são assados ou servidos em formatos de sopa na China. A ideia de comer carne de um animal tão próximo de mim e querido como o cachorro, me deixa com náuseas. Não consigo nem imaginar uma pessoa preparando o bicho para seu consumo.

Os chineses preparam este animal de duas formas distintas:

Assado: o animal inteiro ou em pedaços é temperado com sal e suspenso em uma grelha, com um fogo feito a base de carvão.
Ensopado:
com legumes e verduras como qualquer sopa normal.

Para curiosidade, na China existem alguns criadouros de uma raça de cachorro para abate culinário. Bastante bizarro pensar nisso.

Balut (Filipinas)

balut ovo feto

Ah, o ovo cozido. Ótimo alimento. Confesso que eu gosto. Mas, imagine comigo, depois que você cozinha o ovo e vai abrí-lo, nesta exata hora, encontra um feto em formação! Aí, o que fazer, Manolo? Você leu certo e viu a imgem: um feto de passarinho. O nome desta iguaria da culinária filipina chama-se balut.

Balut é um ovo de pata com um embrião desenvolvido de 17 dias, tendo assim formado o bico. Ele é cozido e depois comido direto da casca, mergulhando em shoyo (molho de soja) e vinagre ou temperado com sal, suco de limão, pimenta-do-reino e coentro. Depois de descascar é possível ver um pintinho em formação com pele translúcida, olhos, bico e tudo. Nojento.

Esta refeição é servida como prato de entrada em restaurantes. Podendo ser frito junto a omeletes ou servido como recheio de torta salgada. O cliente quem escolhe.

Pênis de Cavalo (China)

pênis cavalo iguaria

Para muitos, um alimento afrodisíaco. Para os chineses, comendo o pênis você recebe propriedades semelhantes a do Viagra. Mas para mim não passa de uma desculpa pra comer piroca de bicho morto.

Porém, nem todo chinês come este prato. Mesmo lá é um tabu culinário. O órgão sexual do cavalo conta com tendões e carne firme que, dizem as más línguas, precisa-se de experiência para prepará-lo corretamente. Porque se não preparar a carne pode ficar com gosto de urina e dura. O cozinheiro precisa abrir o pênis, lavar bem o canal da urina e deixar cozinhando em panela fervendo por, no mínimo, quatro horas e servi-lo como uma sopa.

Ainda é possível ir a restaurantes pela China em que vários outros tipos de pênis são servidos: cavalo, boi tibetano, cachorro russo, veado, bode da Mongólia, touro, foca, burro. Além de testículos de galo, bode, boi e cavalo para acompanhar.

Certa vez, o Felipe Andreoli (CQC) visitou a China e presenciou tamanha verdade. Abaixo, o vídeo do rapaz comentando sobre este tabu culinário:

Eu entendo a necessidade de arranjar comida onde não se tem e cada um come o que está afim. Mas algumas coisas são muito bizarras para sequer serem experimentadas. Nem citei insetos. Eles estão mais próximos de camarão, algo que eu gosto bastante.

Mas então, alguém explica a cara do garçom ali de cima trazendo um pinto de cavalo? Significa.

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