Quando Elaine se casou, achou que estava entrando em um sonho. Depois de namorar 27 homens e dar para apenas 5 (fora o Maurício, que nem namorado era), ela tinha certeza que Ermênio era o homem da sua vida.
Apesar do nome, digamos… incomum, ele era atencioso, educado, sempre abria a porta do carro, não deixava a toalha molhada em cima da cama, dava sempre a descarga, não mijava fora do vaso e tinha se formado em Tecnologia da Informação, ou seja, não apresentava riscos de querer pegar outra mulher e perder a única que ele tinha arranjado.
Só tinha um problema (e sempre tem) é que Elaine era uma mulher muito exigente, quase como um chefe chato que sabe bem menos que você mas está no cargo porque é amigo do dono da empresa, e vivia brigando com Ermê (apelido carinhoso).
Um dia, depois de 7 anos de casados, ele não aguentou mais.
- Cala a boca, Elaine!
- Como é que é?
- É isso mesmo. Cansei de você me enchendo o saco com tudo.
- Você tá maluco?
- Tô, tô maluco sim! Ahhhhhh!!!! TÔ MALUCOOOOO!!
- Para com isso Ermê!
- Então para de me echer o saco. PARA CACETA! PARAAA!
- Meu Deus!
- Pela milésima vez! Eu não gosto de sair na quarta-feira!
- E porque você está me dizendo isso agora?
- Porque eu tô maluco e falo o que eu quiser!
- Mas toda quarta a gente sai pra jantar com os meus amigos.
- Fodam-se todos.
- Você disse que gostava deles.
- Fodam-se eles.
- Que isso, Ermê?
- Foda-se.
- Olha só! Eu posso desmarcar o jantar de amanhã, mas tenho que marcar outro dia.
- Então Tira de Quarta e coloca na Quinta!
E viveram felizes para sempre.
***
Ryotiras:
Vida e Obra de Mim Mesmo:
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