Paulo Peiva (com “e” ) era um policial conhecido na pequena e pacata cidade de Miracema do Norte Diamantino, no Mato Grosso. Com 16 anos de serviços prestados à comunidade, precisou usar sua pistola Taurus 9mm só uma vez quando precisou dar um tiro na perna de um garoto que havia roubado uma farmácia.
Dias depois souberam que o roubo tinha sido de um shampoo e que o oficial Peiva não deveria ter disparado contra o jovem. Em sua defesa ele disse que “o shampoo roubado era um Seda Liso Extremo, mas o elemento tinha cabelo crespo, algo estava muito errado, eu precisava agir” e foi absolvido.
Paulo fazia ronda com Jonas Salgado todas as quartas-feiras. Eram amigos a mais de 5 anos e Jonas gostava mesmo era de pescar. Em um dia fora do serviço, uma sexta-feira qualquer, Paulo e Jonas foram ao banco sacar dinheiro para comprar isca de pesca. Enquando Jonas inseria pela segunda vez o cartão na máquina para validar a senha digitada, Paulo percebeu uma movimentação estranha.
Logo que ouviu o primeiro disparo vindo de dentro da agência, sacou a pistola da cintura e atirou de volta, Jonas demorou alguns segundos para entender o que estava acontecendo mas também reagiu. Sozinhos, os dois mataram 3 assaltantes e fizeram outros 2 se renderem. O caso chegou a passar no Jornal Nacional e o oficial Paulo até deu entrevista, mas ficou puto quando creditaram Paiva no lugar de Peiva.
Hoje em Diamantino todo mundo se lembra do caso. Eles são conhecidos como os Tiras de Quarta, na Sexta.
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